A produtora de cinema Clarissa Millford, 32, teve a ideia de criar a Academia de Tiktokers após sua empresa de projetos audiovisuais, a Remo Assessoria, ter as atividades paralisadas no começo da pandemia. Produtora das séries ‘Necrópolis’, ‘Alce e Alice’ e ‘Horizonte B’, que compõem o catálogo da Netflix, ela explica que a oportunidade surgiu através da demanda de um cliente para a elaboração de conteúdo em plataformas digitais. Seu parceiro na empreitada é o infoprodutor Diego Davoli, 33.
Entre os estudantes da Academia, há uma ampla gama de empreendedores que aprendem a manusear a plataforma, como donos de e-commerces, médicos, nutricionistas e contadores. Embora o foco não seja os influenciadores, uma parcela desse grupo também integra os alunos da instituição – em todo o mundo, a rede social chinesa possui mais de 1 bilhão de usuários.
“A ideia da Academia é ensinar o desenvolvimento de vídeos curtos, com menos de um minuto, para negócios. Nós focamos muito em pequenas empresas ou trabalhadores liberais por sentir que poderíamos trazer mais resultados para eles. Atender esse público foi uma construção natural, semana a semana. Mas a nossa ideia nunca foi trazer influencers”, explica Millford.
Apesar de ter menos de um ano de vida – os primeiros passos foram em julho -, a escola online já conquistou resultados significativos. São 976 alunos e faturamento de R$ 125 mil apenas nos seis últimos meses de 2020. A maioria dos estudantes estão na faixa entre 27 a 45 anos – mas cerca de 15% são ainda mais velhos. Para este ano, a meta é crescer cerca de 400% e ter em dezembro entre 4 mil a 5 mil alunos.